Projeto desenvolvido por um grupo de alunos de Arquitetura da UFG; Paulo Gustavo de Araújo Perini, João Paulo Morais e Robson Leão. A Folded City consiste em um concentrador de atividades, serviços e da população urbana, se transformando em uma cidade vertical. A sua inserção se dá na própria malha urbana, assim as bases do edifício são implementadas em uma etapa inicial. Preserva-se a malha viária e a vegetação, porém o entorno construído irá ser substituído gradativamente pela vegetação que circunda o projeto.
A estrutura principal é constituída de concreto, sendo construída por inteiro e em segundo momento vai se fixando os átrios centrais, do mesmo material. Esta estrutura é hiperdimensionada, capaz de aguentar todo um complexo habitacional, comercial e de serviços, que será a nova cidade. O concreto utilizado será obtido pelo processo de reciclagem que envolverá a casca de arroz ou a cana-de-açúcar, como mostra o esquema da formação do concreto.
Logo depois da finalização da estrutura poderá ser anexado as quadras, que serão como estruturas secundárias constituídas de concreto e aço. As quadras abrigarão os diversos conjuntos de módulos, estes não terão uma organização previamente estabelecida, poderão ter muitas combinações, gerando inúmeros formatos. Os conjuntos de módulos terão também funções variadas, poderão ser habitações, comércio ou serviços.
Em simultâneo com o anexo dos módulos, irão sendo implantadas zonas verdes, que terão a dimensão de uma quadra normal. Estas zonas são um refúgio da densidade que permeará o projeto, exercem a função de corredor de ar, contribuem para o aumento da qualidade do ar, já que possuirá vegetação, e como área de lazer. Estas zonas verdes estão intercaladas a cada dois átrios e cada átrio possui duas destas quadras. O edifício vai se tornando mais denso no decorrer do tempo, já que a sua ocupação é gradativa.
Em conjunto com as zonas verdes, será implementado quadras de lazer e esportes, que possuirão equipamentos e quadra poliesportiva, incentivando a prática de exercícios dos habitantes. A proximidade com os módulos facilita a adesão dos indivíduos a práticas esportivas, diminuindo o stress e aumentando a qualidade de vida.
Os átrios serão como ágoras, concentrarão as atividades de cada andar, propiciarão encontros, atividades coletivas, exercícios, comércio e prestação de serviços. Serão como ruas internas, que no lugar dos automóveis circularão pessoas, exercitando e trocando informações com os outros. Os átrios possuirão rasgos, que contribuirão para a iluminação e ventilação interna. A circulação vertical se realizará por elevadores e escadas, que estarão abrigados ao longo do átrio e no edifício de uso público.
O edifício de uso público possui andares com planta livre, poderá abrigar escolas, centros de saúde, e órgãos públicos. Por ter planta livre sua adaptabilidade é muito grande, podendo exercer outras funções. Será construído juntamente com o complexo e será conectado a este através de passarelas.
No meio do edifício será instalada uma estação do elevado, que funcionará como conexão com os outros complexos verticais. Como será um transporte de alta velocidade, já que utilizará a levitação magnética como meio de locomoção, ligará rapidamente os complexos integrantes da malha, que estará presente em diversos pontos da cidade. Os edifícios, então, funcionarão como estações de uma nova alternativa de meio de transporte, limpa e eficiente. O complexo priorizará a convivência com o meio-ambiente. Na sua cobertura, serão instaladas turbinas eólicas, para produção de energia, e em cada módulo poderá ter placas de células fotovoltaicas em sua cobertura. O espaço que o complexo liberará na antiga ocupação urbana, dará lugar a vegetação, contribuindo para o aumento da qualidade do ambiente urbano.
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